Crítica | A Freira

por: Thiago Martins

Capítulo que promete ser o mais aterrorizante fica devendo no terror, mas ainda carrega uma ótima história

Imagem de divulgação/Warner Bros.

A mais nova parte do universo de “Invocação do Mal” bate recordes em suas primeiras semanas, mas não cumpre com o prometido. Talvez a falta de James Wan no comando do longa reflita na falta do grande terror que esperávamos ver e o medo que sentiríamos. O diretor Corin Hardy (A Maldição da Floresta, filme muito elogiado) não consegue nos aterrorizar em quase nenhum momento de “A Freira”, com jump scares óbvios e cenas com uma filmagem estranha, somados à uma história muito boa, ele nos entrega um filme mediano.

Depois do sucesso de Anabelle, tudo de novo lançado ligado ao filme “Invocação do Mal” parecia ser incrível de se ver nas telonas. O segundo filme da boneca já não traz aquela segurança de bom filme de terror, já demonstrando ser necessário uma pausa e um novo estudo do que lançar em seguida. Bom, “A Freira” foi a nova ideia, não ruim, mas nada incrível. Após o suicídio de uma freira na Romênia, o Vaticano resolve enviar um padre e uma noviça para estudar e investigar o caso. Depois de momentos no local, uma força demoníaca é descoberta no corpo de uma freira do convento, o combate entre o mal e a fé é testado a partir daí. A imagem do filme é muito bonita, locais antigos, a temática sobre religião, cenas internas no castelo, são todas dignas de aplausos. Os atores não são o diferencial para o filme ser melhor, Demián Bichir como padre foi bem fraco na minha visão, diferente da jovem Taissa Farmiga que tem um papel importante e consegue trabalhar até que bem nele.

“A Freira” tem seus defeitos mas agrega muito na história toda, não foge de um clássico de terror, sem criar muito medo, mas muito disso por conta do grande trabalho de divulgação do filme, estragando alguns momentos chaves que podem ter sido vistos nos trailers. Para os mais interessados na história o filme é muito bom, já aos fãs que gostam de sentir medo... talvez em uma próxima.

★ ★ ★ ½